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A cada safra os produtores de soja enfrentam grandes desafios para o controle das pragas, para não comprometer ou até mesmo inviabilizar a lavoura. Dentre as pragas que estão tirando o sono dos agricultores no cultivo da soja, está o cascudinho-da-soja. Essa praga, se não controlada, pode causar danos significativos à produção de soja, resultando em perdas econômicas substanciais. 

O cascudinho-da-soja, alimenta-se de diferentes famílias de plantas cultivadas e daninhas. A praga costuma atacar já na fase inicial da germinação das plantas e causa danos tanto à larva como ao adulto. 

A preocupação com o cascudinho-da-soja acendeu um alerta aos produtores de Mato Grosso, com o crescimento da incidência da praga. O monitoramento precisa ser contínuo e quanto antes iniciar, melhor. 

A praga merece bastante atenção, por isso, neste artigo, exploraremos a identificação do cascudinho-da-soja, seus hábitos e, o mais importante, estratégias eficazes de manejo para proteger sua plantação. 

Identificação do cascudinho-da-soja 

O cascudinho-da-soja tem a aparência semelhante à de outros besouros de grãos, o que pode dificultar a identificação precisa. Normalmente é confundido com o besouro Aracanthus mourei, popularmente conhecido como “torrãozinho”. 

A espécie do cascudinho-da-soja, que tem tido mais incidência em Mato Grosso é o Myochrous armatus, pertencente à ordem Coleoptera, família Chrysomelidae. Mede cerca de 5 mm, o corpo é oval de coloração preta-fosca e recoberto de escamas curtas e robustas. Diferem de outras pragas semelhantes, como o torrãozinho, principalmente na morfologia das antenas, aparelho bucal e tarso. A correta identificação da praga é fundamental para seu controle. 

Os indivíduos adultos possuem limitada capacidade de voo e, quando incomodados, adotam a estratégia de aparentar inatividade, simulando a morte e permanecendo imóveis ou se jogando ao solo. 

O ciclo de vida do cascudinho-da-soja é relativamente curto, variando de cerca de 4 a 6 semanas em condições ideais de temperatura e umidade. No entanto, sua capacidade de se reproduzir rapidamente e causar danos substanciais faz com que seja uma praga preocupante para os agricultores. 

Danos causados pelo cascudinho-da-soja 

Em cada fase do seu ciclo de vida o cascudinho-da-soja traz prejuízos à lavoura. Quando larva, a praga tem a coloração amarela e vive no solo, onde se alimenta de matéria orgânica e raízes de diversas espécies de plantas, como a raiz da soja, causando danos. 

Na fase adulta, o cascudinho-da-soja costuma atacar a cultura de soja logo no início de seu crescimento, e quanto mais tenra a planta, maiores são os estragos causados. O ataque costuma se manifestar poucos dias após a germinação das sementes. Durante esse período, os insetos se concentram nos caules, resultando no tombamento e na morte das plântulas. Se essa fase coincidir com um período de seca, os danos podem ser ainda mais severos. Além disso, os insetos podem também infestar plantas mais maduras, direcionando seus ataques para os pecíolos e as hastes mais delicadas, que acabam por murchar e secar. 

Por ser polígafo, o cascudinho-da-soja, também ataca outras espécies de plantas, como braquiária, fedegoso, amendoim bravo, feijão e milho. 

A praga também causa danos diretos ao grão, como a perda de peso e redução de qualidade. Os grãos têm seu valor nutricional comprometido, o que pode impactar a qualidade do produto final, seja para consumo humano ou ração animal. 

A infestação de cascudinhos pode resultar em perdas econômicas significativas para o produtor de soja, devido à redução na quantidade e qualidade da colheita. Até no armazenamento, os grãos infestados pelo cascudinho-da-soja são mais suscetíveis a problemas, como mofo e outros insetos, o que pode comprometer ainda mais a qualidade do estoque. 

Estratégias de manejo para o controle da praga 

Para o manejo do cascudinho-da-soja é importante a utilização de um conjunto de estratégias de controle. O tratamento de semente é indispensável, pois oferece proteção inicial para as plântulas de soja, na fase crítica do ataque do inseto. 

Em regiões com infestações intensas, costuma ser indispensável realizar aplicações foliares para mitigar os prejuízos causados por essa praga. Além disso, é crucial adotar práticas adequadas no controle de plantas invasoras e espécies competidoras do milho, pois o cascudinho-da-soja pode encontrar refúgio e alimento nelas. 

Manejo biológico do cascudinho-da-soja 

Além das estratégias tradicionais de controle do cascudinho-da-soja, como o uso de inseticidas e a higiene adequada, o manejo biológico surge como uma solução promissora e ecologicamente correta. Esta abordagem utiliza inimigos naturais do cascudinho para reduzir sua população, minimizando assim os danos à cultura da soja. 

A maioria dos pesticidas atualmente disponíveis no mercado não oferece um controle efetivo. Isso leva muitos agricultores a ajustarem as doses e combinações. No entanto, alguns compostos ativos têm exibido eficácia na diminuição da população desses insetos, por meio de abordagens com produtos de origem biológica, que têm desempenhado um papel significativo na gestão das infestações de pragas. 

Muitos produtos biológicos à base de bactérias e fungos entomopatogênicos têm demonstrado eficácia no combate e prevenção de muitas pragas agrícolas, apresentando grande potencial. 

O manejo biológico envolve a introdução e a promoção de organismos benéficos que são predadores naturais do cascudinho-da-soja. 

Uma das opções orientadas pelos técnicos da Agristore aos produtores preocupados com a infestação do cascudinho-da-soja, é a alternativa no controle da praga com produtos biológicos, na dessecação do pré plantio, com o manejo dos microrganismos Beauveria Bassiana, Metarhizium Anisopliae e Chromobactérium Subtsugae. 

O manejo biológico não apenas reduz os danos causados pela praga, mas também é uma opção sustentável, minimizando o uso de produtos químicos prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana. É uma solução que se alinha com a busca por práticas agrícolas mais sustentáveis e respeitosas com o ecossistema. 

Conclusão 

Na Agristore o produtor conta com toda assistência técnica, para garantir os melhores resultados para uma safra produtiva. Além disso, a Agristore oferece aos seus clientes a comodidade de ter em sua fazenda a unidade de biofábrica móvel, desta forma todo manejo é realizado dentro da fazenda, na quantidade certa, evitando custos de logística e armazenamento. 

Acesse nosso site e descubra como nossa solução pode fazer a diferença em sua colheita. Juntos, podemos enfrentar o desafio do cascudinho-da-soja e garantir uma produção de soja de alta qualidade e respeitosa com o meio ambiente.